terça-feira, 25 de agosto de 2009

Gibson Les Paul 1959 - Peter Green
























Essa Gibson Les Paul fabricada em 1959 teve alguns proprietários no decorrer de sua história. Um deles e o mais importante foi Peter Green, ex guitarrista de John Mayall e da Fleetwoody Mac. Nas mãos de Peter essa guitarra se tornou uma verdadeira lenda. O som dessa guitarra sempre foi considerado único e imitado por muitos, principalmente em tempos modernos.
























Pelo que conta a história o captador do braço teria sido retirado e rebobinado em paralelo e as ligações foram feitas fora de fase ou algo próximo disso. Não se sabe ao certo se isso teria sido um acidente ou teria sido feito propositalmente. Mas o fato é que isso gerou a lenda em torno deste instrumeto que resultaria na sonoridade tão diferente de Peter Green.

















Acredito que isso tenha uma certa influência, mas o jeito de tocar de Peter Green sempre contou e muito. Ele foi um dos maiores guitarristas que eu já pude escutar. Durante
sua trajetória no meio musical, Peter teve um problema de saúde mental. A associação com o LSD, droga muito utilizada na época, é inveitável e o ácido acabou por concluir a devastação degenerativa cerebral. Na época Peter Green pirou. Chegou ao ponto de ver anjos que pediam que ele usasse o dinheiro arrecadado com a banda para ajudar instituições de caridade. E chegou a propor isso aos companheiros da Fleetwoody Mac. Não sei se era pelo fator da loucura adquirida, mas Peter costumava dizer que não gotava da Les Paul 1959. Ele achava que a guitarra tinha um braço gordo como um tronco de árvore. Entre suas ideologias, visões e sumiços, Peter Green acabou por sair da banda.























Após sua saída ele vendeu a guitarra para Gary Moore. Gary chegou a gravar um disco intitulado, "Blues For Greeny" pois era um grande fã de Peter.. Dizem que o próprio Moore teve que convencer a Peter Green de que aquela LP 1959 havia pertencido a ele um dia. Na minha opinião e na de muitas outras pessoas a guitarra não tinha o mesmo efeito "timbristico" nas mão de Moore. O que ressalta ainda mais o velho dizer popular de que o som esta na ponta dos dedos. Gary Moore vendeu a guitarra por uma bela grana.





















Recentemente, por volta de 2006, a guitarra apareceu a venda numa loja chamada Maverick. O valor do produto ? Dois Milhoes de Dolares. Absurdo ? O conceito que se formou sobre estas guitarras históricas estão gerando uma valorização absurda entre os istrumentos construídos nas décadas de 50 e 60. Até mesmo as Reedições feitas pela Gibson tem um valor de mercado muito alto. Talvez seja o preço de tantas histórias maravilhosas !!!


















Um comentário:

Társio disse...

Segundo o próprio Peter Green, ele viu um show com Clapton com os Bluesbreakers do John Mayall em 1966. O Clapton havia retirado o captador do braço e fez o show todo com um só timbre e foi fantástico. Entao Peter Green copiou, mas viu que para ele não funcionava 1 só captador. E reinstalou errado... simples assim... Belo post, man! Abç